A saúde das gengivas possui ligação direta com condições sistêmicas graves, como diabetes, doenças cardiovasculares e Alzheimer, e deve ser alvo de atenção por parte de toda a população. O Dia Mundial da Saúde Gengival, comemorado nesta segunda-feira, dia 12 de maio, foi criado em Federação Europeia de Periodontia (European Federation of Periodontology - EFP) em 2013, justamente com o objetivo de chamar a atenção de todo o globo sobre o papel crítico da saúde periodontal no bem-estar geral e a importância dos bons hábitos de higiene oral.

Nesta data, o Conselho Federal de Odontologia e os 27 Conselhos Regionais de Odontologia de todo o país, trazem um alerta sobre a importância da saúde gengival. “Existe um movimento global, de entidades ligadas à Odontologia, de conscientização sobre o combate às inflamações gengivais. O Sistema Conselhos de Odontologia reforça essa mensagem junto aos brasileiros: a saúde das gengivas não deve ser negligenciada. Ela é fundamental para a saúde geral de todo o corpo e significa o bem-estar geral para os pacientes!”, destaca o secretário-geral do CFO, Roberto Sousa Pires.

O Conselho Federal de Odontologia e os Conselhos Regionais lembram que a conscientização é um ponto chave para o combate às inflamações gengivais. A população em geral deve compreender que a prevenção às doenças periodontais depende de uma boa rotina diária de higienização bucal, com escovação frequente após as refeições e uso de fio dental para combate à placa bacteriana.

“A saúde das gengivas está diretamente ligada aos hábitos cotidianos de higiene oral. Além disso, é fundamental que sejam realizadas consultas frequentes aos consultórios odontológicos para diagnóstico precoce de qualquer anormalidade nas gengivas e na cavidade bucal como um todo. Sempre que necessário, o cirurgião-dentista que fizer o primeiro atendimento realizará o encaminhamento do paciente um especialista em Periodontia”, pontua Roberto Souza.

Os impactos das periodontites no organismo
O Conselho Federal de Odontologia e os Conselhos Regionais de todo país, alertam que gengivas sem boas condições de saúde podem provocar sangramentos, perdas dentárias e quadros graves de dor aos pacientes. As doenças periodontais também possuem alto potencial para prejudicar as funções orais e ainda resultar em impactos estéticos importantes nos sorrisos, com reflexos na baixa da autoestima dos pacientes.

Além disso, a periodontite não afeta apenas a cavidade bucal; podendo contribuir para uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, complicações respiratórias e o Alzheimer. Em casos mais críticos, as bactérias presentes na gengivite podem entrar na corrente sanguínea, de forma a prejudicar órgãos vitais, como o coração.

“Para os pacientes internados em ambiente hospitalar, especialmente nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), a saúde gengival pode significar a diferença entre a vida e a morte; já que os pontos de infecção podem provocar agravamentos severos dos quadros clínicos. Por esse motivo, é importante combater a ideia de que a doença gengival não é grave. Essa é a uma das mensagens centrais do Dia Mundial da Saúde Gengival”, pontua o secretário-geral do CFO, Roberto Sousa Pires.

Periodontia no Brasil
As estatísticas do CFO apontam que a Periodontia está hoje entre as cinco maiores especialidades da Odontologia Brasileira, juntamente com a Ortodontia, Implantodontia, Endodontia e Prótese Dentária. No total, o país conta com 10.823 periodontistas, sendo 6.028 homens e 4.795 mulheres. Eles representam 7% do total de profissionais com especialidades odontológicas registrados no país.  

De acordo com a Consolidação das Normas para Procedimentos nos Odontologia, instituída pela Resolução CFO 63 de 2005 e atualizada em julho de 2012, a Periodontia “é a especialidade que tem como objetivo o estudo dos tecidos de suporte e circundantes dos dentes e seus substitutos, o diagnóstico, a prevenção, o tratamento das alterações nesses tecidos e das manifestações das condições sistêmicas no periodonto, e a terapia de manutenção para o controle da saúde”.

Ascom CFO